I - APRESENTAÇÃO
Quando Dom Pedro II veio a
Pernambuco em 1859, se surpreendeu com a falta de zelo dos Pernambucanos por
sua própria História, deixando tal insatisfação grafada em seu diário pessoal.
Este descontento do Imperador impulsionou, anos mais tarde, a fundação de uma
instituição que viesse a ter a preocupação de guardar a memória do povo
pernambucano. Isto posto, em 1862, surgia o Instituto Arqueológico Pernambucano
- IAHGP. Pouco tempo depois das comemorações do
sesquicentenário de sua fundação (2013), um convênio com a Secretaria de
Educação do Estado de Pernambuco discorria em um de seus parágrafos quanto a
mediação de grupos de alunos da Rede Pública Estadual ao museu desta
instituição centenária.
Como mediador ad hoc de muitas das visitações, o
proponente deste projeto pôde notar ao longo de sua execução - junho de 2013 a
maio de 2014 - que mesmo depois de quase 200 anos da indignação do Imperador
Pedro ll, o povo pernambucano ainda mantem velhos costumes. O descaso é
tamanho, contudo à época da visita, Pedro ll questionava sobre lugares
históricos como a localização da residência do Conde Nassau, da Republica dos
Palmares, Engenhos de João Fernandes Vieira e pelo que contam obtinha respostas
mesmo que pouco satisfatórias.
O que se observa
na atualidade é que nem mesmo datas ou temáticas fundamentais à História do
Estado e da formação do Brasil fazem parte do aparato intelectual desta geração
de cidadãos pernambucanos. Este projeto visa contribuir para cultura e educação
apresentando aos interessados a História de Pernambuco, contada
por meio de linguagem de fácil assimilação e de maneira prazerosa através da
música.
II –
OBJETIVO
III - OBJETIVO ESPECÍFICO
b) Apresentar a cultura pernambucana através de ritmos e instrumentos tradicionais.
IV - METODOLOGIA
A música é uma linguagem
universal e pode ser aplicada a quase todos os intentos de transmissão de
conteúdos. Desta forma este projeto fará uso de uma metodologia que tem em seu
inicio uma aprofundada pesquisa histórica, segundo o esforço de pesquisa de João
Andrade, graduado em história pela UFPE.
Falar da História Colonial de
Pernambuco, no que tange ao Período Holandês, sem fazer uso dos estudos
deixados por José Antônio Gonsalves de Mello e Evaldo Cabral de Mello é um
deslize gritante para qualquer historiador que se interesse pelo tema. Assim, a
pesquisa de campo abrangeu, ao longo de quatro anos, tanto o arquivo do
Instituto Arqueológico - IAHGP, quanto o próprio acervo do historiador
disponível na biblioteca do Instituto Ricardo Brennand, além de outras fontes
secundárias disponíveis na internet. Da mesma forma que consultas a
documentação do projeto Resgate Barão do Rio Branco (1992) entre outras fontes
primárias como os escritos de Cronistas contemporâneos, como Frei Raphael de
Jesus, Frei Manuel Calado e Antonil.
Como o próprio Professor
Gonsalves de Mello dizia “é preciso um pesquisador pachorrento” para ir fundo
no que ainda é obscuro na História do Pernambuco Holandês. Porém o intento
deste esforço não é tão profundo quanto uma pesquisa acadêmica. Aqui se
pretende através do que já está escrito e de uma linguagem de fácil assimilação,
levar ao conhecimento do publico estudantil a história que eles pouco conhecem,
sua própria história.
As letras outrora compostas serão
transmitidas através da música. Um trio formado por guitarra, bateria e
baixo/vocal levará ao interlocutor a sonoridade do Rock’n Roll unida aos ritmos
tradicionais pernambucanos (Frevo, Maracatu, Forró, Ciranda. Caboclinho). E
instrumentos tradicionais como rabeca, pífano, triangulo, zabumba, alfaia
unidos a instrumentos da cultural tradicional europeia, fiddle, bodhràn, Tin e
Low whistle e o Viela de Roda (Hurdy-gurdy).
O ápice do projeto é executar o
CD “Crônicas de Parnanbuquo” na integra com um show ao vivo completo a ser
registrado em DVD, na Praça do Marco Zero. Está série de álbuns será registrada
em 3 volumes, sendo o primeiro referente ao período Colonial (1498 ao século
XVII), Imperial (1822-1889) e Republicano (1889 ao século XX).
Porém a maturidade faz entender
que, almejar um objetivo desse porte requer um trabalho árduo a médio/longo
prazo. Isto posto a primeira fase do projeto abrange a apresentação do trabalho
em formato de “pocket show” ou show de curta duração. A apresentação tem não
mais que 30 minutos onde serão executadas as canções que retratam os vultos da
Restauração Pernambucana, João Fernandes Vieira, André Vidal de Negreiros,
Felipe Camarão e Henrique Dias. Este conjunto de música é intitulado “Heróis de Restauração Pernambucana de 1654”.
A importância de uma amostra do trabalho como esta é
observada na forma objetiva de sua produção. Para levar os músicos e equipe até
os locais de apresentação é necessário transporte ida/volta, estadia (se fora do
Recife), alimentação após evento (se fora do Recife), aluguel de som e luz para bandas (por conta do projeto). A
apresentação se dá nas quadras ou espaços selecionados pela coordenação da
Escola. Entre as músicas pausa para complementar através da retorica o que a
letra musicada não comporta. Para ajudar no aprendizado as letras estarão
disponibilizadas no site oficial do projeto com referências e links para
consulta mais aprofundada.
João Andrade
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