Tem V.M. mui poucos nos seus reinos que sejam como
André Vidal; eu o conhecia pouco mais que de vista e fama (...) pelo que toca
ao serviço de V.M. (de que nem ainda cá me posso esquecer) digo a V.M. que está
André Vidal perdido no Maranhão, e que não estivera a Índia perdida se V.M. lha
entregara.
Carta do Padre Antônio Vieira ao Rei D. João IV,
Pará, 6 de Dezembro de 1655 (VIEIRA, 2003: 455-456)
Nasceu
Na província de Filipéia
Na província de Filipéia
de Nossa Senhora das Neves (Atual cidade de João
Pessoa na Paraíba)
(Provavelmente) na primeira década do século XVII
Era filho de Francisco Vidal, natural de Lisboa, e
de D. Catarina Ferreira, natural de Porto Santo.
1624
Apresenta-se
como voluntário às tropas (Organizadas na Paraíba)
Marchando
para Libertar a Bahia do assédio Batavo
Destacado
militar da resistência
Condecorado
como Alferes
(patente de oficial abaixo de tenente).
Partindo de
então
Todas as
vitórias
Sob os Flamengos
Refletem sua
glória
Expedição de
Luis Barbalho
Envereda pelo
Sertão Nodestino
Da Baía de
Touros à Salvador (1640)
Batalhas dos
Montes Guararapes (1648 e 49)
Retirada para o
Sul
Incursões
campanhistas
Articulações e
intrigas
Com a aurora
O levante de
1645
Proclama a
Insurreição
Invasão da
Capitania
Com seu camarada
Fernandes Vieira
Partilha a governança
da
Guerra da
Liberdade Divina
Recusa acatar a
ordem régia
De retirar-se
com suas tropas para a Bahia
Herói do combate
da Casa Forte
Barreto de
Menezes lhe confiara comunicar ao rei (Dom João IV - 1640-1656)
A Restauração da Capitania de Pernambuco.
A Restauração da Capitania de Pernambuco.
Segundo Evaldo Cabral de Mello, citado por Silva
(2006, p. 169), André Vidal participara de todos os grandes momentos de ambas
as fases da guerra: as lutas em torno do Recife, a retirada para o sul, as
incursões campanhistas contra o Brasil holandês, a expedição de Luis Barbalho
através do interior do Nordeste, da baía de Touros a Salvador (1640), as
articulações e intrigas urdidas na Bahia e em Pernambuco com vistas ao levante
de 1645, a invasão da capitania em apoio aos insurretos à frente do seu próprio
terço de veteranos, a governação, partilhada com Vieira, da Guerra da Liberdade
Divina, a recusa a acatar a ordem régia de retirar-se com suas tropas para a
Bahia, Casa Forte e as duas batalhas dos Guararapes, a capitulação holandesa no
Recife, a missão que lhe confiara Barreto de comunicar oficialmente a D. João
IV a restauração de Pernambuco - em resumo, a mais longa, densa e brilhante
folha de serviços de que se poderia gabar um oficial luso-brasileiro que
militasse nas guerras holandesas.
Nomeado
governador-geral e
Capitão-Geral da Capitania do Maranhão e do Grão-Pará (1655-1657)
Capitão-Geral da Capitania do Maranhão e do Grão-Pará (1655-1657)
por Carta patente de D. João, de 11 de agosto de
1644. Demorou pouco por aquelas terras, pois com o objetivo de expulsar os
holandeses de Pernambuco fez várias incursões à Paraíba e ao Recife em busca de
adeptos para articular a revolução. Junto com Vieira, Camarão e Dias pôs em
prática seus planos de ataque aos flamengos.
Depois
governador da Capitania de Pernambuco (1657-1661 / 1667)
e de Angola, na África (1661-1666).
e de Angola, na África (1661-1666).
Atacou sem
piedade ao Rei do Congo.
André Vidal de
Negreiros
“não reconhecia nem
aos proclamados méritos do Conde Nassau
O tinha apenas
como um déspota ocupador de terras alheias”.
Sua saída do
Brasil (1644) favorecia os planos traçados por Vidal.
A resistência ao domínio holandês em Pernambuco
durou de 1630 a 1654. As batalhas dos Guararapes ocorreram nos anos de 1648 e
1649 e os últimos navios holandeses em direção à Europa partiram do Recife, em
1654. Depois de vários anos de negociações, em 6 de agosto de 1661, um acordo
de paz foi assinado entre Portugal e Holanda, o chamado Tratado de Paz de Haia,
no qual os holandeses receberiam dos portugueses uma indenização de quatro
milhões de florins, equivalente a 63 toneladas de ouro, além das ilhas Molucas
(Indonésia) e do Ceilão (atual Sri Lanka). Esse fato, segundo Pinto citado por
Silva (2006, p. 165), “desvirtuou o sentido da vitória, conquistada pela
valentia dos brasileiros, e que lhes custou vidas e imensas fortunas”.
Em
1654 partiam do Recife os últimos navios holandeses
Após
anos de negociações é assinada Paz de Haia (1661)
Batavos
recebem da Coroa portuguesa
Quatro
milhões de florins
As
Ilhas Molucas (Indonésia)
E
o Ceilão (atual Sri Lanka)
Para
evitar novas incursões no Nordeste do Brasil
Após a expulsão dos holandeses, Vidal de Negreiros
viajou, em 1655, para Lisboa e, na volta, assumiu o governo do Maranhão. Ficou
por lá cerca de dois anos. Regressou ao Recife para assumir o governo da
capitania de Pernambuco (26 março 1657 a 26 janeiro 1661), uma vez que Barreto
de Menezes fora para o governo da Bahia. Vidal deixou Pernambuco para governar
Angola. Foi uma época em que Portugal precisava recuperar seus entrepostos
africanos escravistas, dominados pela Companhia das Índias Ocidentais. Esse empreendimento
era extremamente necessário para a recuperação de Pernambuco e para a
manutenção e exploração da Bahia e do Rio de Janeiro. Antecederam Vidal no
governo de Angola (1661): Salvador de Sá (1648-1652) e seus sucessores e João
Fernandes Vieira (1658-1661), que restabeleceu o tráfico e articulou com as
autoridades locais o apresamento de escravos. Vidal deu continuidade às
atividades de Vieira.
Retornando
a Pernambuco, em 1667
A
aristocracia açucareira o escolhe como sucessor do governador
Jerônimo
de Mendonça Furtado - O Xumbregas
Respondeu pelo cargo por apenas cinco meses.
Nos
anos que antecedem sua morte
Dedicou-se
a filantropia
Mandou
construiu a Igreja de N.S. do Desterro (entre Itambé e Pedras de Fogo, nos
limites da Paraíba e Pernambuco)
Sem
herdeiros
Deixou
em testamento
Seus
bens para a família, religiosos e agregados
Depois
de uma vida dedicada à arte da guerra
Já
com idade avançada
Deficiente
de uma das pernas
Faleceu
no Engenho Novo da Vila de Goiana (na Capitania de Itamaracá)
Em
13 de fevereiro de 1681
Em
cuja capela foi sepultado
No dia 4 de agosto de 1942, por iniciativa do
Arcebispado de Olinda e Recife, do Comando da Sétima Região Militar e Governo
do Estado de Pernambuco, foi realizado o traslado dos restos mortais de André
Vidal de Negreiros para a Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, nos históricos
Montes Guararapes, município de Jaboatão dos Guararapes.
http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=959%3Aandre-vidal-de-negreiros&catid=35%3Aletra-a&Itemid=1
http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=959%3Aandre-vidal-de-negreiros&catid=35%3Aletra-a&Itemid=1
Créditos:
Título: André Vidal de Negreiros
Autor: João Andrade
Escrito em: 01.06.2015
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