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segunda-feira, 15 de junho de 2015

André Vidal de Negreiros



Tem V.M. mui poucos nos seus reinos que sejam como André Vidal; eu o conhecia pouco mais que de vista e fama (...) pelo que toca ao serviço de V.M. (de que nem ainda cá me posso esquecer) digo a V.M. que está André Vidal perdido no Maranhão, e que não estivera a Índia perdida se V.M. lha entregara.
Carta do Padre Antônio Vieira ao Rei D. João IV, Pará, 6 de Dezembro de 1655 (VIEIRA, 2003: 455-456)

Nasceu
Na província de Filipéia

de Nossa Senhora das Neves (Atual cidade de João Pessoa na Paraíba)

(Provavelmente) na primeira década do século XVII

Era filho de Francisco Vidal, natural de Lisboa, e de D. Catarina Ferreira, natural de Porto Santo.

1624
Apresenta-se como voluntário às tropas (Organizadas na Paraíba)
Marchando para Libertar a Bahia do assédio Batavo

Destacado militar da resistência
Condecorado como Alferes
(patente de oficial abaixo de tenente).
Partindo de então
Todas as vitórias
Sob os Flamengos
Refletem sua glória

Expedição de Luis Barbalho
Envereda pelo Sertão Nodestino
Da Baía de Touros à Salvador (1640)

Batalhas dos Montes Guararapes (1648 e 49)
Retirada para o Sul
Incursões campanhistas
Articulações e intrigas

Com a aurora
O levante de 1645
Proclama a Insurreição
Invasão da Capitania

Com seu camarada Fernandes Vieira
Partilha a governança da
Guerra da Liberdade Divina

Recusa acatar a ordem régia
De retirar-se com suas tropas para a Bahia

Herói do combate da Casa Forte
Barreto de Menezes lhe confiara comunicar ao rei (Dom João IV - 1640-1656)
A Restauração da Capitania de Pernambuco.

Segundo Evaldo Cabral de Mello, citado por Silva (2006, p. 169), André Vidal participara de todos os grandes momentos de ambas as fases da guerra: as lutas em torno do Recife, a retirada para o sul, as incursões campanhistas contra o Brasil holandês, a expedição de Luis Barbalho através do interior do Nordeste, da baía de Touros a Salvador (1640), as articulações e intrigas urdidas na Bahia e em Pernambuco com vistas ao levante de 1645, a invasão da capitania em apoio aos insurretos à frente do seu próprio terço de veteranos, a governação, partilhada com Vieira, da Guerra da Liberdade Divina, a recusa a acatar a ordem régia de retirar-se com suas tropas para a Bahia, Casa Forte e as duas batalhas dos Guararapes, a capitulação holandesa no Recife, a missão que lhe confiara Barreto de comunicar oficialmente a D. João IV a restauração de Pernambuco - em resumo, a mais longa, densa e brilhante folha de serviços de que se poderia gabar um oficial luso-brasileiro que militasse nas guerras holandesas.

Nomeado governador-geral e
Capitão-Geral da Capitania do Maranhão e do Grão-Pará (1655-1657)

por Carta patente de D. João, de 11 de agosto de 1644. Demorou pouco por aquelas terras, pois com o objetivo de expulsar os holandeses de Pernambuco fez várias incursões à Paraíba e ao Recife em busca de adeptos para articular a revolução. Junto com Vieira, Camarão e Dias pôs em prática seus planos de ataque aos flamengos.

Depois governador da Capitania de Pernambuco (1657-1661 / 1667)
e de Angola, na África (1661-1666).
Atacou sem piedade ao Rei do Congo.

André Vidal de Negreiros
“não reconhecia nem aos proclamados méritos do Conde Nassau
O tinha apenas como um déspota ocupador de terras alheias”.
Sua saída do Brasil (1644) favorecia os planos traçados por Vidal.

A resistência ao domínio holandês em Pernambuco durou de 1630 a 1654. As batalhas dos Guararapes ocorreram nos anos de 1648 e 1649 e os últimos navios holandeses em direção à Europa partiram do Recife, em 1654. Depois de vários anos de negociações, em 6 de agosto de 1661, um acordo de paz foi assinado entre Portugal e Holanda, o chamado Tratado de Paz de Haia, no qual os holandeses receberiam dos portugueses uma indenização de quatro milhões de florins, equivalente a 63 toneladas de ouro, além das ilhas Molucas (Indonésia) e do Ceilão (atual Sri Lanka). Esse fato, segundo Pinto citado por Silva (2006, p. 165), “desvirtuou o sentido da vitória, conquistada pela valentia dos brasileiros, e que lhes custou vidas e imensas fortunas”.

Em 1654 partiam do Recife os últimos navios holandeses
Após anos de negociações é assinada Paz de Haia (1661)
Batavos recebem da Coroa portuguesa
Quatro milhões de florins
As Ilhas Molucas (Indonésia)
E o Ceilão (atual Sri Lanka)
Para evitar novas incursões no Nordeste do Brasil

Após a expulsão dos holandeses, Vidal de Negreiros viajou, em 1655, para Lisboa e, na volta, assumiu o governo do Maranhão. Ficou por lá cerca de dois anos. Regressou ao Recife para assumir o governo da capitania de Pernambuco (26 março 1657 a 26 janeiro 1661), uma vez que Barreto de Menezes fora para o governo da Bahia. Vidal deixou Pernambuco para governar Angola. Foi uma época em que Portugal precisava recuperar seus entrepostos africanos escravistas, dominados pela Companhia das Índias Ocidentais. Esse empreendimento era extremamente necessário para a recuperação de Pernambuco e para a manutenção e exploração da Bahia e do Rio de Janeiro. Antecederam Vidal no governo de Angola (1661): Salvador de Sá (1648-1652) e seus sucessores e João Fernandes Vieira (1658-1661), que restabeleceu o tráfico e articulou com as autoridades locais o apresamento de escravos. Vidal deu continuidade às atividades de Vieira.

Retornando a Pernambuco, em 1667
A aristocracia açucareira o escolhe como sucessor do governador
Jerônimo de Mendonça Furtado - O Xumbregas

Respondeu pelo cargo por apenas cinco meses.

Nos anos que antecedem sua morte
Dedicou-se a filantropia
Mandou construiu a Igreja de N.S. do Desterro (entre Itambé e Pedras de Fogo, nos limites da Paraíba e Pernambuco)

Sem herdeiros
Deixou em testamento
Seus bens para a família, religiosos e agregados

Depois de uma vida dedicada à arte da guerra
Já com idade avançada
Deficiente de uma das pernas

Faleceu no Engenho Novo da Vila de Goiana (na Capitania de Itamaracá)
Em 13 de fevereiro de 1681
Em cuja capela foi sepultado



No dia 4 de agosto de 1942, por iniciativa do Arcebispado de Olinda e Recife, do Comando da Sétima Região Militar e Governo do Estado de Pernambuco, foi realizado o traslado dos restos mortais de André Vidal de Negreiros para a Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, nos históricos Montes Guararapes, município de Jaboatão dos Guararapes.

http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=959%3Aandre-vidal-de-negreiros&catid=35%3Aletra-a&Itemid=1

Créditos: 
Título: André Vidal de Negreiros 
Autor: João Andrade 
Escrito em: 01.06.2015

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