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quarta-feira, 15 de julho de 2015

História de Pernambuco

Como dito anteriormente o projeto terá três (3) fases distintas. A primeira compreende o período Colonial (De 1498 ao fim do século XVIII), a segunda o contexto do Império (Século XIX) e por fim a ascensão da Republica (1889 ao século XX). Assim para melhor situar o leitor as linhas que se seguem ajudam a mergulhar nesta viagem de volta ao século XV, época da Chegada de Colombo as Terras Ocidentais, da criação do Prelo de Gutenberg (1498) e de muitos dos atos e intentos dos nossos antepassados que marcaram direta ou indiretamente a história que hoje conhecemos.

No século XX o Recife ficou famoso pelo seu Carnaval que, nos primeiros meses de cada ano arrasta milhares de foliões pelas ruas da cidade. Esta polis é o centro econômico do Estado de Pernambuco e tem uma longa história de tradições e costumes, no entanto sua característica mais expressiva é a de ser um centro cosmopolita. Começando pelo seu nome que para alguns intelectuais e estudiosos locais é confundido em gênero, como dizem “a cidade 'dO' Recife é macho”, mas popularmente todos acham que seja "a" Recife, talvez por conta da origem árabe de seu nome:

“O nome "Recife" provém da palavra "arrecife", grande barreira rochosa de arenito (recifes) que se estende por toda a sua costa, formando piscinas naturais. O termo ‘arrecife’ vem de ‘al-raçif’, que em árabe significa ‘calçada’, ou seja, a calçada do mar” (http://pt.wikipedia.org/wiki/Recife).

Abaixo a cronologia que se pretende abordar nesta odisseia:

1. Período Colonial (1498 ao século XVII)

1.2. O Antebellum (1498-1630)

Sem dúvida a praça do Recife depois das de Antuérpia foi um dos maiores centro cosmopolitas da época. Pelo porto de Pernambuco não só os muçulmanos passaram, é importante lembram que, antes de 1492 já habitavam a terra os povos tupi dos Caetés.  E próximo da aurora do século XVI, para ser mais exato dois anos antes do fim deste século, a historiografia nos mostra que o ano de 1498 foi um marco - hoje esquecido - para os pernambucanos pois ao norte além dos Pirineus Portugal fundava em  Antuérpia Antwerpen (Hoje Bélgica) sua feitoria. A Feitoria Portuguesa de Antuérpia foi um marco para a história de Pernambuco e do Brasil, mas poucos são os interessados em retratar este momento.

Desta forma restou para história que conhecemos o registro de que após a chegada dos Iberos lusitanos ao território no sul da América, em 12 de março de 1537, Duarte Coelho Pereira recebe de Dom João III, rei de Portugal, em Évora, o foral que lhe concedia a donataria da Capitania de Pernambuco. O Donatário foi um bom gestor, sob sua regência a economia nas terras da Capitania prosperou através do açúcar.

Contudo outras potências europeias estavam atentas à efervescência econômica da Capitania de Pernambuco. Espanhóis, Franceses, Ingleses e mesmo Alemães tinham ligações com esta ponta da América portuguesa, mas foram outros povos germanos mais ao norte que devido a complicações politicas em Portugal, após a trágica morte de Dom Sebastião em Alcácer-Quibir (1578), pôs fim à Dinastia de Aviz e deixou o trono português sem sucessor até que um parente espanhol, Felipe II, é reconhecido como herdeiro legítimo por ser descendente direto (por parte da mãe) de Dom Manuel – o Venturoso (1495-1521).

A união das coroas dos reinos de Portugal e Espanha em 1578 dá inicio a uma longa crise econômica que já vinha se desenrolando entre Espanhóis e Neerlandeses. Este marcos é conhecido como União Ibérica (1581). O embargo de Felipe II ao comércio Neerlandês em Portugal os fez buscar novas praças de comércio, partindo assim para as possessões espanhola na América. Visto que este povos (Batavos) já tinham relações estreitas com estes territórios desde os tempos da Feitoria de Flandres, negociando com os indígenas do norte do Brasil (Amapá). Além do mais o próximo Reino de Portugal fretava as embarcações Flamengas para transportar o açúcar  da Capitania para o Reino desde antes de 1580, diz o historiador Engel Sluiter.

Porém os entraves entre os Países Baixos e os Espanhóis acentuavam-se cada vez mais. Foi então que os Conselho dos Dezenove Heeren XIX - um grupo de empresários - decidiu que era hora de investir em definitivo sobre os domínio Espanhóis criando em 1602 a Companhia Holandesa das Índias Orientais Vereenigde Oost-Indische Compagnie - WOC  com objetivo de excluir os competidores europeus da rota do comércio com a Índia, mais só em 1609 é a Companhia passa a funcionar.  

Em junho 1621 passa a funcionar Companhia Neerlandesa das Índias Ocidentais West-Indische Compagnie  - WIC, pois havia o interesse dos Flamengos em levar ao Novo Mundo, tal como já vinha fazendo na Ásia sua congênere, a bem sucedida Companhia Holandesa das Índias Orientais, a guerra da independência dos Países Baixos, atacando os pontos-chave do Império espanhol. As possessões portuguesas, seriam o calcanhar-de-aquiles, e se pensava que a Espanha sacrificaria sua própria defesa em benefício da proteção dos seus domínios americanos. Assim em 1624, a WIC tenta ocupar Salvador (Bahia), capital da colônia lusitana na América. Não obtendo êxito, os neerlandeses segue em direção a Pernambuco, a partir de 1625.

Assim, em 2 de março de 1630 a Capitania de Pernambuco tem seus dois mais importantes território dominados pelos povos germanos do litoral oeste da Europa (Batavos) - Olinda em 16 de fevereiro e Recife neste dias. A história consagrou este momento como o marco inicial do Período Holandês (que deveria ser Neerlandês, pois Holanda foi umas das províncias unidas com maior poder entre as demais, mas não a única na empreitada). A patente contratual de 3 de junho de 1621 que concedia à WIC o monopólio do comércio, por vinte e quatro anos a partir de primeiro de julho de 1621, na costa ocidental da África, desde o Trópico de Câncer até o Cabo da Boa Esperança, e nas costas ocidentais e orientais da América expira em 1645 (Leia mais!). O Conde de Siegen, João Maurício de Nassau, deixa a Capitania um ano antes (1644) retornando para o Velho mundo. Inicia-se a partir de então uma série de investidas dos da terra para ter de volta o controle do território (Batalhas dos Montes Guararapes, Tabocas) por fim em 1654, a Capitania retorna ao rei de Portugal.

Entre 1630 e o meados do século XX, além do trânsito de diversas culturas, este território terá muitas histórias para contar. Contudo nosso intuito aqui é o de organizar o pensamento do viajante para poder assim aproveitar melhor sua estada na Calçada do Mar (al-raçif) e suas hinterlands.


1.2. O Postbellum (1654-1710)

A etapa seguinte contará o que se passou depois que os Neerlandeses deixaram a Capitania. Sob o governo dos da terra, deixa de existir a Câmara dos Escabinos. Mazombos e reinóis dão inicio a uma nova disputa pela hegemonia da Capitania que culminará na primeira décadas do século XVIII com a fundação da Villa do Recife e Fundação da Câmara Municipal desta província. Porém as disputas estavam só no começo em 1710 estoura uma outra revolução, conhecida por Guerra dos Mascates.

2. A Era das Revolução (1822-1889)

Este é segundo o historiado britânico Eric Hobsbawm o período mais conturbado da história mundial que tem seu inicio ainda em fins do século XVIII com o fim do Feudalismo, na Noite de 4 de agosto de 1789, Que terá um grande impacto sobre a Queda da Monarquia no século XIX, assim como Conspiração dos Suassunas. É a época das grandes Revoluções Industrial e Francesa e a ascensão da Republica e a Abolição da Escravatura no Brasil.  É também o século em que Charles Darwin visita a América e de passagem pelo Brasil deixa seu rastro científico por Recife e Olinda (1832-1836) antes de seu retorno à Inglaterra. Além dos eventos marcantes da  Revolução Pernambucana de 1817, A Confederação do Equador em 1824 e a Praieira (1848-50) . Além de outros fatos como a fundação do Diário de Pernambuco (1825) entre outros momentos históricos.

3. A "Res" Pública  (1889 ao século XX)

Após a conturbada proclamação da República  Pernambuco enfrentará dificuldades com o declínio dos Engenhos de Cana, surgem as Usinas, a Delmiro Gouveia dá a Luz elétrica a Pernambuco, Pernambuco e a primeira Guerra Mundial (1914) no período da República Velha, a Revolução de 1930, A morte de João Pessoa por João Dantas na Confeitaria Glória à Rua Nova, o Governo de  Carlos de Lima Cavalcanti e Era Vargas, o Estado Novo (1937 – 1945), Pernambuco e a Segunda Guerra mundial (1945), a Ditadura e a Redemocratização. Além de outros acontecimentos pós 1992.

 Texto por ANDRADE, J.P.M.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

Apresentação

PROJETO CANTANDO A HISTÓRIA DA PERNAMBUCO


I - APRESENTAÇÃO


Quando Dom Pedro II veio a Pernambuco em 1859, se surpreendeu com a falta de zelo dos Pernambucanos por sua própria História, deixando tal insatisfação grafada em seu diário pessoal. Este descontento do Imperador impulsionou, anos mais tarde, a fundação de uma instituição que viesse a ter a preocupação de guardar a memória do povo pernambucano. Isto posto, em 1862, surgia o Instituto Arqueológico Pernambucano - IAHGP. Pouco tempo depois das comemorações do sesquicentenário de sua fundação (2013), um convênio com a Secretaria de Educação do Estado de Pernambuco discorria em um de seus parágrafos quanto a mediação de grupos de alunos da Rede Pública Estadual ao museu desta instituição centenária.
Como mediador ad hoc de muitas das visitações, o proponente deste projeto pôde notar ao longo de sua execução - junho de 2013 a maio de 2014 - que mesmo depois de quase 200 anos da indignação do Imperador Pedro ll, o povo pernambucano ainda mantem velhos costumes. O descaso é tamanho, contudo à época da visita, Pedro ll questionava sobre lugares históricos como a localização da residência do Conde Nassau, da Republica dos Palmares, Engenhos de João Fernandes Vieira e pelo que contam obtinha respostas mesmo que pouco satisfatórias.
O que se observa na atualidade é que nem mesmo datas ou temáticas fundamentais à História do Estado e da formação do Brasil fazem parte do aparato intelectual desta geração de cidadãos pernambucanos. Este projeto visa contribuir para cultura e educação apresentando aos interessados a História de Pernambuco, contada por meio de linguagem de fácil assimilação e de maneira prazerosa através da música.

II – OBJETIVO

Contar a História de Pernambuco através da música.


III - OBJETIVO ESPECÍFICO


a) Aproximar alunos do ensino fundamental, médio e superior (entre outros púbicos interessados) da História de Pernambuco.
b) Apresentar a cultura pernambucana através de ritmos e instrumentos tradicionais.


IV - METODOLOGIA


A música é uma linguagem universal e pode ser aplicada a quase todos os intentos de transmissão de conteúdos. Desta forma este projeto fará uso de uma metodologia que tem em seu inicio uma aprofundada pesquisa histórica, segundo o esforço de pesquisa de João Andrade, graduado em história pela UFPE.
Falar da História Colonial de Pernambuco, no que tange ao Período Holandês, sem fazer uso dos estudos deixados por José Antônio Gonsalves de Mello e Evaldo Cabral de Mello é um deslize gritante para qualquer historiador que se interesse pelo tema. Assim, a pesquisa de campo abrangeu, ao longo de quatro anos, tanto o arquivo do Instituto Arqueológico - IAHGP, quanto o próprio acervo do historiador disponível na biblioteca do Instituto Ricardo Brennand, além de outras fontes secundárias disponíveis na internet. Da mesma forma que consultas a documentação do projeto Resgate Barão do Rio Branco (1992) entre outras fontes primárias como os escritos de Cronistas contemporâneos, como Frei Raphael de Jesus, Frei Manuel Calado e Antonil.
Como o próprio Professor Gonsalves de Mello dizia “é preciso um pesquisador pachorrento” para ir fundo no que ainda é obscuro na História do Pernambuco Holandês. Porém o intento deste esforço não é tão profundo quanto uma pesquisa acadêmica. Aqui se pretende através do que já está escrito e de uma linguagem de fácil assimilação, levar ao conhecimento do publico estudantil a história que eles pouco conhecem, sua própria história.
As letras outrora compostas serão transmitidas através da música. Um trio formado por guitarra, bateria e baixo/vocal levará ao interlocutor a sonoridade do Rock’n Roll unida aos ritmos tradicionais pernambucanos (Frevo, Maracatu, Forró, Ciranda. Caboclinho). E instrumentos tradicionais como rabeca, pífano, triangulo, zabumba, alfaia unidos a instrumentos da cultural tradicional europeia, fiddle, bodhràn, Tin e Low whistle e o Viela de Roda (Hurdy-gurdy).
O ápice do projeto é executar o CD “Crônicas de Parnanbuquo” na integra com um show ao vivo completo a ser registrado em DVD, na Praça do Marco Zero. Está série de álbuns será registrada em 3 volumes, sendo o primeiro referente ao período Colonial (1498 ao século XVII), Imperial (1822-1889) e Republicano (1889 ao século XX). 
Porém a maturidade faz entender que, almejar um objetivo desse porte requer um trabalho árduo a médio/longo prazo. Isto posto a primeira fase do projeto abrange a apresentação do trabalho em formato de “pocket show” ou show de curta duração. A apresentação tem não mais que 30 minutos onde serão executadas as canções que retratam os vultos da Restauração Pernambucana, João Fernandes Vieira, André Vidal de Negreiros, Felipe Camarão e Henrique Dias. Este conjunto de música é intitulado “Heróis de Restauração Pernambucana de 1654”.
        A importância de uma amostra do trabalho como esta é observada na forma objetiva de sua produção. Para levar os músicos e equipe até os locais de apresentação é necessário transporte ida/volta, estadia (se fora do Recife), alimentação após evento (se fora do Recife), aluguel de som e luz para bandas (por conta do projeto). A apresentação se dá nas quadras ou espaços selecionados pela coordenação da Escola. Entre as músicas pausa para complementar através da retorica o que a letra musicada não comporta. Para ajudar no aprendizado as letras estarão disponibilizadas no site oficial do projeto com referências e links para consulta mais aprofundada.

João Andrade

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Em breve ...

Referências bibliográficas

Para estudos do Período Holandês (1630-1654)

Antonio Telles da Silva. 1646. Sucesso da Guerra dos portugueses levantados em Pernambuco contra os Holandeses.
ASHER, G. M.1915 [RIAP, XVII 87-90] - A Companhia das ìndias Ocidentais, p. 224
BOXER, Charles Ralph.1949.Padre Antonio Vieira e a instituicao da Cia de Comércio do Brasil.
Diogo Lopes Santiago. 1984 - História da Guerra de Pernambuco.
D. Joseph Rodriguez de Castro. 1781. La noticia de los escritoes Rabinos Espanoles.
Frei Manuel Calado. 1648 - O Valeroso Lucideno e Triunfo da Liberdade, ed. 1844.
Gaspar Barleus. 1660 - História dos feitos recentemente praticados durante oito anos no Brasil.
Gaspar Barleus. 1660 - Rerum per Octennium in Brasilia.
João Franco Barreto. 1918. Relação da Embaixada a França em 1641.
Luis da Câmara Cascudo. 1949. Os holandeses nas salinas do rio Mossoró
MELLO, José A. G. de. 1956 - João Fernandes Vieira.
MELLO, José A. G. de. 1978 - Tempo dos Flamengos.
MELLO, José A. G. de. 1981 - Fontes historia Brasil holandês.
Sigrid Pôrto de Barros. 1949. Armas que documentam a guerra holandesa.

Em breve outros títulos ...

Anrique Dias

Negro Crioulo
Fôrro


Acerca de sua pessoa
Quase nada se sabe

Era Muito Velho, provavelmente nascera antes ou no inicio do século XVII.

Escravo ou liberto
Não se sabe
Ao certo

Cavaleiro da Ordem de Cristo
Foi fidalgo
É fato

Serviu na guerra desde 1630
Com praça de Capitão de homens pretos

Em um gesto de bravura ofereceu-se
"para servir com alguns de sua cor em tudo o que lhe determinasse"
o general Matias de Albuquerque

Reuniu-se à tropa de luso-brasileiros que sofrera pouco antes golpes sérios.

15 de julho de 1633
Holandeses partem do forte dos Afogados (Prins Willem)
Ao ataque do Engenho São Sebastião (Atual bairro do Curado)
Henrique Dias e mais 20 dos seus saem vitoriosos
Por um tiro de mosquete é ferido

Dias é sucessivamente atingidos pelos tiros de mosquete 8 de setembro - Igarassu; 30 de março de 1634 - Arraial do Bom Jesus, mas a 6 de dezembro daquele ano “matou por sua mão” cinco dos contrários; 26 daquele mês - é ferido ao defender na Várzea o Engenho Santo Antônio.

- A luta prosseguiu, com o inimigo tentando estabelecer o cerco.

 A tomada da Paraíba em fins de 1634 possibilitou aos invasores atacar, com todo o seu poder, o Arraial Velho em começos de 1635. Matias de Albuquerque dividiu as suas tropas para a defesa desse reduto e do Forte de Nazaré. Aquele foi entregue ao comando de Andres Marin, e Henrique Dias ficou sob as suas ordens. Em março Arciszeweky iniciou o assédio.

Henrique Dias lutou na retomada do Oiteiro do Conde (morro da Conceição) em 21 de março, depois recapturado pelo inimigo, e a 18 de maio no Oiteiro do, Barbosa. "Mas a maior peleja era a da fome, que ia chegando a tal ponto que já de tudo se valiam os nossos . . . Nem o valor nem a constância dos defensores do Arraial bastou para que êle não se perdesse; porque afinal faltou tudo o que servia de sustento, consumiram-se cavalos, couros, cães, gatos e ratos, com que se alimentavam. E quando ainda houvesse alguma destas imundas coisas, não existia mais pólvora nem outra qualquer munição".

A 8 de junho de 1635 rendeu-se o Arraial .

Janeiro de 1637
Chega ao Recife o Conde João Maurício de Nassau-Siegen

18 de fevereiro
Batalha de Porto Calvo
Teve a mão esquerda atingida por bala de pelouro
Tirando a mão esquerda ainda lhe ficara a direita para se vingar

Henrique Dias, que tomou parte na batalha, "com os seus negros, procedeo muito bem, e lhe derão hua pelourada no brasso esquerdo de que lhe cortaram a terça parte delle". Se dizia que os holandeses atiravam com balas ervadas com toucinho, e que aos feridos logo lhe davam herpes, e mandou ao cirurgião que lhe cortasse a mão por a junta do pulso, o que se executou, e sarou em breve tempo".
Derrota em Porto Calvo

Á derrota de Porto Calvo seguiu-se a retirada do exército para Sergipe, de onde continuaram as incursões dos campanhistas contra o território ocupado pelos holandeses, que se estendia então até a margem norte do Rio São Francisco . Daí, em novembro de 1637, foi expulsá-lo o coronel Schkoppe com suas tropas, forçando Bagnuolo a recuar para a Bahia.

Filipe III

 
de Portugal, ainda quando era na Côrte de Madrid desconhecido o desfecho do ataque à Bahia
Lhe fez mercê.

Em carta de 21 de julho de 1638 à Princesa Margarida, diz o Rei: "Vy o que me escrevestes em carta vossa de nove de Junho passado acerca do valor, com que o capitão Rebelinho, capitão Souto e o governador dos negros Henrique Dias, me tem servido na guerra do Brasil, e conformando-me em tudo com o que vos pareceo na dita carta; Hey por bem de fazer merçe a estes tres homens do habito das tres ordens militares que cada um delles escolher com promessa de hua Comenda, quarenta escudos de soldo cada mez, e o foro de fidalgo, as quaes merçes lhe hirão nesta Armada" [do Conde da Tôrre], "com ordem para que sem embargo do que dispoem os diffinitorios das ordens lhes dêm logo os habitos não constando de deffeitos cuia dispensação toque a Sua Santidade"[1].

[1] TORRE do Tombo, Mesa da Consciência e Ordens, códice 34, fls. 95v. Ao registro desta ordem, na mesma folha, segue-se o do decreto da Princesa: "A Mesa da Consciencia e Ordens pelo que lhe toca dará cumprimento a esta carta de Sua Magestade ordenando que se passem os despachos aos capitães Francisco Rabello, Sebastião do Souto e Henrique Dias e lhe vão nesta Armada e da forma em que se dispôs se avisará ao secretário Francisco de Lucena. Em Lisboa a 5 de agosto de 1638. A Princeza Margarida".

Uma das vias originais da carta de comunicação da mercê, dirigida ao Conde da Torre e autografada pela Princesa, encontra-se nos chamados códices do Conde da Torre (29 volume) do Arquivo Histórico do Ministério das Relações Exteriores do Brasil (Itamarati); está datada de Lisboa, 22 de agosto de 1638 e diz: "Pella satisfação com que fico dos serviços e procedimentos dos capitães Francisco Rabello, Sebastião do Soutto e do governador dos negros Henrique Dias, lhe mandey aggradecer por cartas minhas que serão com esta, e assy lhe fiz merce de habittos das tres ordens militares que escolhessem, quarenta cruzados de soldo cada mes e o foro de fidalgo de minha casa, mandando que os despachos lhe fossem nesta Armada, do que vos quiz avisar para o terdes entendido e fazerdes que se lhe de as cartas e vos encomendo que tenhaes toda a conta com suas pessoas e serviços occupando nelle nos lugares em que couberem" .

O Barão do Rio Branco Efemérides Brasileiras, edição do Ministério das Relações Exteriores (Rio, 1946) p. 343 erra ao indicar como 28 de julho de 1637 a carta-régia que transcrevemos no texto, de 21 de julho de 1638.

25 de março de 1645
Enrrique Dias fugiu da estancia com toda sua gente
Pois lhe foi negado o direito de ver a família

Partiu o Filipe Camarão com seus índios a caçar o fugitivo
Vidal de Negreiros aos Holandeses anunciou sua prisão


Caso entrasse em seu território.

Dias e Camarão só se reuniram aos conjurados depois que estes conseguiram, a 3 de agôsto, a vitória na Batalha das Tabocas. A 17 de agôsto de 1645, no ataque à casa-grande, Engenho de D . Ana Pais, Henrique. Dias voltou a enfrentar os holandeses, o que desde 1640 não fazia. A resistência dos comandados do Tenente-Coronel Hendrik van Haus foi firme, mas ocupada a loja da casa-grande e iniciados os preparativos para se lhe deitar fogo, tiveram que ceder. O Governador dos pretos foi nesta ocasião ferido em uma perna "porém tanto valor mostrou que não se quiz retirar enquanto durou a bateria . . . e alcançada a vitoria, então ele mesmo se curou escaldando os buracos da ferida com uma pequena de lã de carneiro frita com azeite de peixe, e sarou em breves dias sem haver mister çurgião".

Em 1654 gravou seu nome na eternidade
Henrique Dias venceu a batalha dos Guararapes
Venceu o exército holandês
Tornou-se herói da Restauração

O rei fêz mercê concedendo soldo e terras. As terras doadas, como se vê, compreendiam as da Estância que Henrique Dias defendera na guerra (e nas quais levantara uma igreja a Nossa Senhora) e ainda tôdas as que dali se estendiam até o Rio Capibaribe em frente à ilha de Santo Antônio. As casas de Gilles van Uffelen estavam situadas no próprio lugar da Estância, nas proximidades da margem do rio, a olaria de Gaspar Kock nos terrenos fronteiros à ilha depois chamada do Suassuna, e o Cemitério dos judeus, nos Coelhos. Compreendiam, portanto, grande parte do atual bairro da Boa Vista.

Insatisfeito com a recompensa partiu para Portugal (em 1656).
Regressou a Pernambuco em 1658.


Piratas holandeses - Pechelingues
Atacaram seu navio
Foi ferido novamente
Por uma pelourada

Seus últimos anos
Viveu em silêncio
Na Estância
Faleceu em 1662

Henrique Dias regressou a Pernambuco, ao que parece, no primeiro semestre de 1658 (depois de 20 de março em que se lhe passou a patente de Mestre-de-Campo) . A viagem foi acidentada, pois o navio em que vinha foi atacado e rendido de "pechelingues" — palavra que, no seu sentido restrito, no seculo XVI e princípios do XVII, designava os piratas saídos do pôrto de Vlissingen, na Província da Zeelândia, na Holanda, mas que, depois, se aplicava geralmente a todos os piratas holandeses (87) — e êle próprio ficou ferido de uma pelourada, perdendo, além disto, a sua patente.

Os seus últimos anos em Pernambuco Henrique Dias passou-os silenciosamente, talvez ocupado com os serviços do seu Terço e com os religiosos da igreja de sua Estância.

Henrique Dias faleceu em 7 ou 8 de junho de 1662, no Recife, sendo enterrado por conta da Fazenda Real no Convento de Santo Antônio, em local desconhecido.


Créditos:
Título: Anrique Dias
Autor: João Andrade
Escrito em: 24.05.2015

André Vidal de Negreiros



Tem V.M. mui poucos nos seus reinos que sejam como André Vidal; eu o conhecia pouco mais que de vista e fama (...) pelo que toca ao serviço de V.M. (de que nem ainda cá me posso esquecer) digo a V.M. que está André Vidal perdido no Maranhão, e que não estivera a Índia perdida se V.M. lha entregara.
Carta do Padre Antônio Vieira ao Rei D. João IV, Pará, 6 de Dezembro de 1655 (VIEIRA, 2003: 455-456)

Nasceu
Na província de Filipéia

de Nossa Senhora das Neves (Atual cidade de João Pessoa na Paraíba)

(Provavelmente) na primeira década do século XVII

Era filho de Francisco Vidal, natural de Lisboa, e de D. Catarina Ferreira, natural de Porto Santo.

1624
Apresenta-se como voluntário às tropas (Organizadas na Paraíba)
Marchando para Libertar a Bahia do assédio Batavo

Destacado militar da resistência
Condecorado como Alferes
(patente de oficial abaixo de tenente).
Partindo de então
Todas as vitórias
Sob os Flamengos
Refletem sua glória

Expedição de Luis Barbalho
Envereda pelo Sertão Nodestino
Da Baía de Touros à Salvador (1640)

Batalhas dos Montes Guararapes (1648 e 49)
Retirada para o Sul
Incursões campanhistas
Articulações e intrigas

Com a aurora
O levante de 1645
Proclama a Insurreição
Invasão da Capitania

Com seu camarada Fernandes Vieira
Partilha a governança da
Guerra da Liberdade Divina

Recusa acatar a ordem régia
De retirar-se com suas tropas para a Bahia

Herói do combate da Casa Forte
Barreto de Menezes lhe confiara comunicar ao rei (Dom João IV - 1640-1656)
A Restauração da Capitania de Pernambuco.

Segundo Evaldo Cabral de Mello, citado por Silva (2006, p. 169), André Vidal participara de todos os grandes momentos de ambas as fases da guerra: as lutas em torno do Recife, a retirada para o sul, as incursões campanhistas contra o Brasil holandês, a expedição de Luis Barbalho através do interior do Nordeste, da baía de Touros a Salvador (1640), as articulações e intrigas urdidas na Bahia e em Pernambuco com vistas ao levante de 1645, a invasão da capitania em apoio aos insurretos à frente do seu próprio terço de veteranos, a governação, partilhada com Vieira, da Guerra da Liberdade Divina, a recusa a acatar a ordem régia de retirar-se com suas tropas para a Bahia, Casa Forte e as duas batalhas dos Guararapes, a capitulação holandesa no Recife, a missão que lhe confiara Barreto de comunicar oficialmente a D. João IV a restauração de Pernambuco - em resumo, a mais longa, densa e brilhante folha de serviços de que se poderia gabar um oficial luso-brasileiro que militasse nas guerras holandesas.

Nomeado governador-geral e
Capitão-Geral da Capitania do Maranhão e do Grão-Pará (1655-1657)

por Carta patente de D. João, de 11 de agosto de 1644. Demorou pouco por aquelas terras, pois com o objetivo de expulsar os holandeses de Pernambuco fez várias incursões à Paraíba e ao Recife em busca de adeptos para articular a revolução. Junto com Vieira, Camarão e Dias pôs em prática seus planos de ataque aos flamengos.

Depois governador da Capitania de Pernambuco (1657-1661 / 1667)
e de Angola, na África (1661-1666).
Atacou sem piedade ao Rei do Congo.

André Vidal de Negreiros
“não reconhecia nem aos proclamados méritos do Conde Nassau
O tinha apenas como um déspota ocupador de terras alheias”.
Sua saída do Brasil (1644) favorecia os planos traçados por Vidal.

A resistência ao domínio holandês em Pernambuco durou de 1630 a 1654. As batalhas dos Guararapes ocorreram nos anos de 1648 e 1649 e os últimos navios holandeses em direção à Europa partiram do Recife, em 1654. Depois de vários anos de negociações, em 6 de agosto de 1661, um acordo de paz foi assinado entre Portugal e Holanda, o chamado Tratado de Paz de Haia, no qual os holandeses receberiam dos portugueses uma indenização de quatro milhões de florins, equivalente a 63 toneladas de ouro, além das ilhas Molucas (Indonésia) e do Ceilão (atual Sri Lanka). Esse fato, segundo Pinto citado por Silva (2006, p. 165), “desvirtuou o sentido da vitória, conquistada pela valentia dos brasileiros, e que lhes custou vidas e imensas fortunas”.

Em 1654 partiam do Recife os últimos navios holandeses
Após anos de negociações é assinada Paz de Haia (1661)
Batavos recebem da Coroa portuguesa
Quatro milhões de florins
As Ilhas Molucas (Indonésia)
E o Ceilão (atual Sri Lanka)
Para evitar novas incursões no Nordeste do Brasil

Após a expulsão dos holandeses, Vidal de Negreiros viajou, em 1655, para Lisboa e, na volta, assumiu o governo do Maranhão. Ficou por lá cerca de dois anos. Regressou ao Recife para assumir o governo da capitania de Pernambuco (26 março 1657 a 26 janeiro 1661), uma vez que Barreto de Menezes fora para o governo da Bahia. Vidal deixou Pernambuco para governar Angola. Foi uma época em que Portugal precisava recuperar seus entrepostos africanos escravistas, dominados pela Companhia das Índias Ocidentais. Esse empreendimento era extremamente necessário para a recuperação de Pernambuco e para a manutenção e exploração da Bahia e do Rio de Janeiro. Antecederam Vidal no governo de Angola (1661): Salvador de Sá (1648-1652) e seus sucessores e João Fernandes Vieira (1658-1661), que restabeleceu o tráfico e articulou com as autoridades locais o apresamento de escravos. Vidal deu continuidade às atividades de Vieira.

Retornando a Pernambuco, em 1667
A aristocracia açucareira o escolhe como sucessor do governador
Jerônimo de Mendonça Furtado - O Xumbregas

Respondeu pelo cargo por apenas cinco meses.

Nos anos que antecedem sua morte
Dedicou-se a filantropia
Mandou construiu a Igreja de N.S. do Desterro (entre Itambé e Pedras de Fogo, nos limites da Paraíba e Pernambuco)

Sem herdeiros
Deixou em testamento
Seus bens para a família, religiosos e agregados

Depois de uma vida dedicada à arte da guerra
Já com idade avançada
Deficiente de uma das pernas

Faleceu no Engenho Novo da Vila de Goiana (na Capitania de Itamaracá)
Em 13 de fevereiro de 1681
Em cuja capela foi sepultado



No dia 4 de agosto de 1942, por iniciativa do Arcebispado de Olinda e Recife, do Comando da Sétima Região Militar e Governo do Estado de Pernambuco, foi realizado o traslado dos restos mortais de André Vidal de Negreiros para a Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, nos históricos Montes Guararapes, município de Jaboatão dos Guararapes.

http://basilio.fundaj.gov.br/pesquisaescolar/index.php?option=com_content&view=article&id=959%3Aandre-vidal-de-negreiros&catid=35%3Aletra-a&Itemid=1

Créditos: 
Título: André Vidal de Negreiros 
Autor: João Andrade 
Escrito em: 01.06.2015

Carta Original de João Fernandes Vieira anunciando a recaptura de Pernambuco em 30 de janeiro de 1654

http://pt.slideshare.net/AcrevosUFPE/carta-original-de-joo-fernandes-vieira-anuciando-a-recaptura-de-pernambuco-em-30-de-janeiro-de-1654

O açougueiro - Slachters knecht

Os mistérios de sua origem a nós permitem saber

que nascerá no Funchal por volta das primeiras décadas do século XVII.

Deixando a Ilha da Madeira ainda criança
Deixo também para trás seu nome de batismo

Francisco Ornellas
Passou a ser conhecido
João Fernandes Vieira
Nas terras do Nordeste do Brasil  

Valoroso intento expressa a escrita da pena
empunhada pelos padres ...

Quando da chegada da armada batava à Praia
de Pau amarelo em 1630
                                                                                         
O jovem não era mais que um servo, auxiliar de açougueiro.

Quando a guerra estouro viu a oportunidade
No fronte de batalha ofereceu-se para cuidar dos (guerreiros) feridos

Aliou-se ao Holandês Invasor
Ganhando sua confiança
Jacob Stachouwer (Iacobo Eſtacour)
Seu amigo se tornou

Pouco tempo depois
A situação controlada
A capitania estava sob domínio Holandês

Fernandes Vieira
Emergiu rapidamente
Influente entre Munícipes e Escabinos

O próprio Nassau o ouvia com atenção
Não importava de que lado estava
Contudo que a situação estivesse a seu proveito
Assim o garoto do açougue tornou-se, à época,
O homem mais rico e influente da Capitania

Vinte e quatro anos sob a bandeira da Companhia
Foram suficientes para imortalizar a imagem perfeita
Do herói da Restauração Pernambucana

(Em 1644, o Conde Nassau retornou aos Países Baixos)
(O contrato do monopólio da WIC expirou no ano seguinte, 1645)

Mauritsstad ficou a deriva
Suas colunas inacabadas aguardaram temerosas a fúria Mazomba

Era hora de aliar-se novamente aos velhos inimigos
As trombetas do destino anunciavam Novos tempos

No Engenho na Várzea do Capibaribe
Escreveu a próprio punho ao Rei
A carta de Recaptura (de Pernambuco para a Coroa portuguesa)
Lembrando a Vossa Majestade que os gastos com a campanha saíram de sua fazenda

“Senhor. Foy Deus servido de que Parnanbuquo se Res-
tauraçe pera que eu tivesse ocazião de me postrar aos 
Reais pez de Vossa Magestade manifestando que acabey 
a obra que começey tanto a Custa de minha pessoa 
e fazenda. He assim como os principios forão 
Milagrozos tiverão os mesmos fins ho que neste 
particular de Restauração obrey, tanto com meu 
Sangue e fazenda com he notorio, E se Vossa Magestade 
for servido mandarçe ynformar de meus mere-
cimentos tenho por serto grandes felicidades e ma-
yores despachos e merçes que da grandeza de 
Vossa Magestade espero pois tam serto estou de não fal-
tar no serviço de Vossa Magestade com o mesmo zello com 
que athe aquy o tenho feito. 
O Mestre de Campo André Vidal de Negreiros 
que esta dara a Vossa Magestade foy meu camarada e com-
panheyro em todos estes trabalhos e periguos 
a elle me Remeto a quem Vossa Magestade sera servido 
ouvir. Ha catoliqua pessoa de Vossa Magestade guarde
Deus muitos annos augmento da Cristandade.” Re-
cife de Parnanbuquo a 30 de janeiro 1654 
João Fernandes Vieira” .


Por sua coragem e bravura
O Rei lhes fez mercê
Governou as terras ao norte (Paraíba, 1655-57)
Cruzando o atlântico foi Capitão-general em Angola (1658-61)

Valeroso Castrioto
Retornou à terra que a suas custas conquistou
Partiu em 1681

Em seu testamento deixou pagos clamores por sua alma ‘e dos seus pela eternidade
Pagou para seu corpo descansar em Paz
(Na Capella mór da Santa Casa da Misericordia da Ilha da Madeira)
Reza a lenda que até hoje uma vela acessa queima
No altar da Capella
Aguardando seus restos mortais

Créditos:
Título: O açougueiro - Slachters knecht
Autor: João Andrade
Escrito em: 11.05.2015

Ode a Sophia

Para que serve a história
Senão para nos lembrar
Dos feitos e atos
Daqueles que ocuparam este lugar?

Antes de nós
Uma longa linhagem de familiares
Escreveu sua história
Assim como nós, hoje a nossa!

Nascendo e envelhecendo
Cedendo espaço às próximas gerações

O mundo não começa quando se nasce
A Terra está girando há milhares e milhares de anos
Nós só pegamos carona neste carrossel de emoções
É como assistir o filme pela metade!

Sem o “ser humano” não existiria sociedade
Não existiria dor, guerras, tristeza nem crueldade
Mas também não haveria alegria e nem felicidade

A busca pela perfeição é sempre mal compreendida.
Zero é péssimo!!!
Dez é ótimo!!!
- Certo?

Mas a balança da vida tem um lado negativo e outro positivo.
Ambos os lados com as mesmas medidas trazem ao centro equilíbrio.
(50 mais 50 também é igual a 100%)

Mas o que é a verdade, senão uma construção?
Uma invenção que repetida mais de três vezes engana até a razão.

Eu não vi! Você viu? Não estava lá!
Mas foi contado tantas vezes que o tempo fez acreditar

A mente humana é como o HD do computador
Armazena, salva, arquiva (tudo aquilo que estiver teclando [DER O COMANDO] desejar).
A inteligência artificial é um clone cibernético do cérebro orgânico.
Ipad, Iphone, telefone celular são dispositivos pelos quais se pode acessar
As informações na matriz, através da internet neste universo paralelo digital.
Outrora escrito nos livros ou  dito pela tradição oral.

Aprenda que verdade verdadeira não há!
Sua verdade de hoje pode não ser amanhã.

Aprendiz hoje és, amanhã não mais serás.
Alimente sua mente
Absorva o conhecimento
Seja amigo de Sophia

E jamais esqueça que você e só você
É responsável por suas escolhas
Pelas decisões que há de tomar

Os dois caminhos são meras vias
De infinitas possibilidades que na vida você pode enxergar

Assim eu vos convido, meus nobres amigos.
embarquem que a viagem já vai começar!!!

Créditos:
Título: Ode a Sophia
Autor: João Andrade
Escrito em: 13.07.2014
Editado em: 05.06.2015